Os Bosques de Whitethorn – Maeve Binchy, já tinha ouvido falar muito desta escritora mas nunca tinha lido nada dela, e posso dizer que me surpreendeu muito pela positiva.
É um livro diferente, não tem personagens fixas, ou uma única história que se desenrola ao longo das 327 páginas, tem sim pequenas histórias, imensas personagens e um enorme número de lições de vida que giram em volta de um santuário de santa Ana e da construção de uma estrada.
Acho que para quem lê muito como eu é muito bom ler algo diferente, escrito de forma diferente.
Nota: 3,5/5
Sinopse:
Histórias simples. Pessoas, amores, doenças, crenças, esperanças. A sábia contadora irlandesa, Maeve Binchy, leva-nos ao coração da cidade de Rossmore. A comunidade acolhe com entusiasmo a notícia da construção de uma nova estrada, mas os ânimos agitam-se quando percebem que essa estrada passará pelo ancestral bosque de Whitethorn. No bosque brota a nascente de Santa Ana, lugar procurado há séculos por peregrinos, estrangeiros, homens e mulheres em busca de ajuda e conforto. Contando a história das pessoas que passam, em pleno século XXI, por aquele lugar sagrado, a autora constrói uma envolvente teia de vidas e emoções. Irlanda, cidade de Rossmore, século XXI. O bosque de Whitethorn, nas proximidades da cidade sempre fez parte do equilíbrio das pessoas que ali viveram. Os anos passaram, anos de pobreza sucederam-se aos de fartura, os velhos passaram aos novos o testemunho, e sempre o bosque foi tomado como um local de encontro espiritual. A fonte de água que ali nasce foi baptizada pelos cristãos de poço de Santa Ana, mas antes mesmo dos cristãos ali chegarem já aquele lugar era tomado como sagrado.
Ao saberem que o bosque pode ser destruído pela construção de uma estrada, a comunidade divide-se entre os que defendem o progresso e os que preferem manter-se fiéis à tradição. Num inteligente, afectivo e sábio retrato dos habitantes de Rossmore, contando as histórias dos que por ali passaram em busca de milagres ou paz, a autora de títulos como «Tara Road» e «Uma Casa na Irlanda» volta a surpreender. Este é um daqueles livros que conforta a alma, revelando os meandros da natureza humana, as suas vilanias, mas também os afectos, a ligação entre as pessoas, a forma como tocamos a vida uns dos outros.
XOXO S.