Eu ainda gostava de saber porque é que as pessoas confundem igualdade de direitos com noções feministas do tempo da Maria Cachucha.
Para mim é algo lógico que somos todos diferentes, até as mulheres são diferentes entre si, e não tenho qualquer pretensão a virar homem ou a comportar-me como eles.
O que eu quero mesmo é uma coisa chamada de igualdade de oportunidades e direitos, eu quero ter a oportunidade de escolha de seguir ou não uma carreira como CEO de uma empresa, quero ter a oportunidade de ter filhos se assim o entender sem ter de abdicar da minha carreira ou ser vista como má mãe se não o fizer, quero ter a oportunidade de escolher ficar em casa a tomar conta dos meus filhos se assim o entender (coisas que por opções pessoais não me parece que algum dia venha a fazer mas, não tenho filhos por isso não posso falar do que não vivi ainda), quero ter a oportunidade de virar governante do meu país se assim o entender e tiver competências para isso…
O que eu não quero é ser apenas um número necessário para preencher as cotas de mulheres nas empresas (nomeadamente nos lugares de chefia), não quero ser obrigada a abdicar de ser mãe porque se quero ser chefe tenho de me comportar como os homens e sendo assim ter filhos e ter de usar a licença de maternidade é algo impensável, não quero ouvir mulheres dizerem que só porque uma mulher decidiu ficar em casa a tomar conta dos filhos é uma vergonha para todas nós mulheres, da mesma forma que não quero ouvir homens dizerem o mesmo de um homem que abdicou da carreira para ficar em casa a tomar conta dos filhos.
Infelizmente parece-me que nos afastamos dos extremos de outros tempos em que as mulheres eram obrigadas a ficar em casa para irmos para um outro extremo em que continuamos a não dar a escolha às mulheres mas sim a obriga-las a seguir o caminho oposto.
XOXO S.
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