terça-feira, 19 de outubro de 2010

O mundo do fantástico...

Hex Hall – Rachel Hawkins, quando me ofereceram este livro, e eu me comprometi a ler de uma ponta à outra pensei, “S. no que raio é que te foste meter?”. A história por si só não me cativava e parecia-me um pouquinho mais do mesmo, bruxas, feiticeiros, fadas, vampiros, mutáveis e demónios.

Não posso dizer que me enganei completamente porque não é verdade, durante toda a primeira parte do livro eu só conseguia pensar Harry Potter… Harry Potter… mas depois a história foi se afastando bastante, apesar da inspiração ser clara e de a escritora nem a ter tentado esconder referindo estes mesmos livros durante a sua narrativa.

O forte deste livro é que tem uma personagem principal maravilhosa, Sophie Mercer é engraçada, irónica, inteligente… e toda a história é narrada do ponto de vista dela, o que torna quase impossível não soltar umas belas gargalhadas em quase todas as páginas. Apesar de se referir a um mundo não inteiramente novo nestas coisas do fantástico a forma como é abordado é nova e bastante interessante, sendo um livro mais “escuro” mais “pesado” e acima de tudo mais complexo.

Depois acho o livro demasiado pequeno, é tudo demasiado rápido não sendo assim possível criar completamente o ambiente fantástico na nossa mente mas, apesar de tudo estou com vontade de ler o próximo, por isso para quem gosta do mundo do fantástico e tendo em conta que é um livro que pode agradar tanto a adolescentes como a adultos não deixo de dizer que valeu a pena ler.

Nota: 4/5


Sinopse:

“Abrir Hex Hall foi como abrir uma caixa de chocolates, ao revelar-se impossível de exercer qualquer tipo de auto-controlo! Houve, pelo menos, uma gargalhada por página, uma protagonista esperta e auto-depreciativa, Sophie Mercer, e um misterioso assassino que fez com que as páginas passassem por si próprias, ou se calhar a culpa foi de um dos Prodigium! Conclusão, fui enfeitiçada por Sophie Mercer!”

Becca Fitzpatrick, autora de Hush, Hush

Virei-me para sair, mas a porta fechou-se a poucos centímetros da minha cara. De repente, um vento pareceu soprar através da sala e as fotografias nas paredes chocalharam. Quando me virei de novo para as raparigas, estavam as três a sorrir, os cabelos a ondularem-lhes a volta dos rostos como se estivessem debaixo de água.

O único candeeiro da sala tremeluziu, e apagou-se. Eu apenas conseguia distinguir faixas prateadas de luz que passavam sob a pele das raparigas, como mercúrio. Até os seus olhos brilhavam.

Começaram a levitar, as pontas dos sapatos regulamentares de Hecate mal tocando a carpete musgosa. Agora, já não eram rainhas do baile de finalistas, nem supermodelos - eram bruxas, e até pareciam perigosas.

Apesar de me debater contra a vontade de cair de joelhos e colocar as mãos acima da cabeça, pensei, "Eu também seria capaz de fazer aquilo?".

XOXO S.

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