domingo, 21 de março de 2010

Quando nada é o que parece…

Tenho andado a falhar nas minhas leituras, entre o estar doente e o pouco tempo, tenho lido muito menos do que é meu hábito. 

Desaparecida de Katy Garder foi o primeiro livro que li desta autora. Este livrinho foi daqueles que comprei em uma óptima promoção de dois pelo preço de um no site da FNAC. Comprei-o porque a sinopse me chamou à atenção e despertou em mim uma enorme curiosidade. No entanto algures no final de 4/5 capítulos estava a sentir-me um pouquinho desanimada porque o livro não estava a cativar-me como eu estava à espera.

Mas ainda bem que eu sou uma pessoa persistente e não desisto com facilidade porque adorei o livro, não é bem o que pensamos ao ler a sinopse que dá a entender que o livro se desenrola à volta do desaparecimento de Poppy, o livro começa sim com o desaparecimento mas depois é toda uma narração dos acontecimentos que levaram a tal acontecimento. É uma descrição da vida de Mel, uma mulher insegura e mãe solteira que pensa ter reencontrado o amor ao conhecer Si, mas que se vê numa relação confusa e que a deixa ainda mais insegura.

Não sendo um policial típico está bastante próximo dessa categoria de livros, e a escritora juntou o melhor de vários mundos literários para escrever este livro, é uma história envolvente e muito bem escrita.


Adorei esta passagem do livro e por isso resolvi transcrever e por aqui.

“- Mas era tudo uma treta, não era? Imaginar que bastava conhecer alguém e apaixonar-me loucamente para que todos os meus problemas se resolvessem. Ele achava que bastava agitarmos uma varinha de condão e tudo o que nos tinha acontecido no passado desapareceria. Olhe só o resultado que deu…

- Creio que é aquilo em que muita gente acredita…

- Não, não é. – Ela voltou-se para ele com os olhos a faiscar. Tinham surgido pontos escarlates de raiva nas suas maçãs do rosto. – Podem dizer que sim, mas a maioria das pessoas está demasiado ocupada com as suas vidas para as desperdiçar com fantasias estúpidas. A vida não é ficar à espera que alguém nos venha salvar. Devia ser eu a fazer as coisas darem certo e não um príncipe encantado qualquer.”

Nota: 4,5/5

Sinopse:
Tudo começou com uma brincadeira de crianças…
Quem é que nunca jogou às escondidas? Quem nunca sentiu o entusiasmo de encontrar alguém no seu esconderijo perfeito?
Poppy está a brincar com a mãe, Mel.
Poppy tem sete anos e a sua vida acabou de mudar radicalmente: tem um novo padrasto, um novo irmão, uma nova casa…
A menina esconde-se e a mãe procura-a. Mas o tempo passa e ela não aparece. A polícia é chamada. À hora do desaparecimento, testemunhas viram um carro a afastar-se do local. Um carro familiar. Ao volante ia Si, o homem com quem Mel está casada há apenas um ano.
Para a polícia é uma luta contra o tempo.
Para Mel, cujo mundo foi virado do avesso, é uma questão de vida ou morte.

XOXO S.

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