Mudar ou aprender?

Hoje dei por mim a pensar… “Estou tão diferente do que era há 6 meses atrás”… e se estou assim tão diferente em apenas seis meses, o que dizer de há 6, 10 anos?

Era muito mais impulsiva do que sou hoje, por exemplo quando andava no secundário era capaz de dizer tudo o que vinha à cabeça (confesso que sofria um bocadinho de diarreia verbal), nunca me controlava, se alguém me irritava eu dizia-lhe logo, chegava irritar-me de tal maneira que perdia a razão.

Não vou dizer que já não sou impulsiva porque sou, faço tudo num impulso (até compras que muitas vezes nem gosto assim tanto ou que não quero mesmo), sinto aquela adrenalina a subir por mim acima e pronto. Mas é muito diferente, “engulo” muita coisa que era impensável quando tinha 15 anos, ou até mesmo 18.

Já não sinto aquela necessidade de confrontar as pessoas quando me dizem alguma coisa que me irrita, ou quando mentem a meu respeito, sinto uma raiva a crescer dentro de mim mas respiro 10 vezes e passa-me. Pronto vou dizer a verdade, por vezes não passa mas consigo ficar calada se for mesmo preciso.

Nunca acreditei muito que as pessoas mudassem e acho mesmo que há coisas que não mudam, aqueles traços muito vincados da nossa personalidade são para a vida toda, grande parte do que sou hoje já o era aos 15 anos, mas há outra parte de nós, aquela que aprende com a vida, aquela que cresce e muda com as cabeçadas que vamos dando.

Quantas cabeçadas já dei? Impossível de contar, foram mais que muitas e algumas bem maiores que outras, umas doeram de uma forma que nem sei explicar e mesmo hoje ainda doem, outras foi só uma dorzita passageira que não durou mais de uns instantes. Mas ambas me tornaram no que sou hoje, e gosto de pensar que sou uma pessoa um pouco melhor hoje do que era ontem e que se tudo correr bem serei amanha ainda melhor.

XOXO S.