Sabem aqueles momentos na vida em que estão na rua e vêm alguém fazer alguma coisa e só vos apetece interferir mesmo quando não vos diz respeito?
Hoje tive um momento assim, estava eu à espera dos meus pais quando vi uma mulher que vinha com três crianças para entrar no carro, duas raparigas e um rapaz. Eu não sei o que desencadeou os acontecimentos seguintes mas fosse o que fosse não há, nada que justifique o que se passou.
De repente a mulher passou-se e com os olhos cheios de fúria virou-se para o rapazinho que estava todo encolhido e de cabeça baixa e aos gritos disse isto, “Eu não sou a tua mãe portanto não tenho que te aturar, não tenho que aguentar o que tu fazes” e entre o choro da pobre criança ela ainda disse “Não quero saber se a tua mãe morreu nem me interessa, eu só tenho duas filhas tu és a cruz que eu tenho de carregar”.
Eu juro, por momentos tive vontade de ir buscar o pobre rapazinho e dizer-lhe que estava tudo bem, mas a verdade é que não estava… e no meu momento de revolta ainda pensei em dizer qualquer coisa, mas nem sabia o que podia fazer… provavelmente isso só iria piorar as coisas para a pobre da criança, mas custou-me muito ficar ali impotente sem fazer nada.
Isto, é toda uma realidade que eu desconhecia, a verdade é que sempre achei que esta história de madrasta má só existia em filmes da Disney… Ainda estou um bocadinho atarantada com o que se passou, sem saber o que pensar e a sentir uma culpa enorme por não ter feito nada.
XOXO S.
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