quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Apontar o dedo...

Muito gosta o ser humano de opinar sobre os relacionamentos dos outros… “Ele não é suficientemente bom para ela!”, “Ela não é suficientemente boa para ele!”, “Ele é mais giro!”, “Ela é muita areia para o camião dele!”, “Não sei como ela o perdoa depois de tudo o que ele fez!”, “Ela é uma grande p… e ele aceita-a de volta!”, “Ela é pobre!”, “Ele não tem estudos!”…

Podia estar aqui até amanhã a dar exemplos de frases que já ouvimos e provavelmente já dissemos pelo menos uma delas em toda a nossa vida, sim porque não sou melhor do que ninguém e também já me saíram umas coisinhas como “Não sei como ela gosta dele”… pela boca fora.


Mas no geral penso que tirando casos extremos (porque os há) ninguém tem nada que opinar sobre a relação amorosa de ninguém, cada um sabe o que é capaz de suportar e com o que quer ou não viver, por exemplo, penso que eu nunca perdoaria uma traição mas não condeno quem o faz, acho que é preciso o mesmo grau de coragem para partir e para ficar, nestas coisas raramente há situações fáceis ou mais simples, é difícil deixar tudo? É, mas também é difícil não deixar.

Ganhávamos muito mais se em vez de nos apedrejarmos uns aos outros e de passar o tempo a condenar este ou aquele por perdoar e tentar recomeçar, ou pelo contrário largar tudo e partir, aceitássemos simplesmente que no final do dia não é a nossa vida, não é a nossa decisão e não estamos obrigatoriamente certos por pensar de forma diferente.

Este post foi inspirado por um comentário que li hoje num blogue que dizia que X era desprovida de cérebro por aceitar o marido de volta depois de ele a ter traído, correndo o risco de ofender alguém, sabem o que eu acho? Que se na vida fora do ecrã do computador já não temos o direito de opinar então aqui muito menos.

XOXO S.

6 comentários:

  1. MANA, ao ler este teu post, fiquei toda arrepiada. Tão verdadeiro - e sabes perfeitamente que não digo isto para ser simpática, não sou dessas tangas.
    Afinal de contas, o que temos nós a ver com a vida e decisões dos outros acerca da sua própria vida?- Como dizes e bem.
    Independentemente do que nós pensamos ser correcto, importa sermos felizes. E se o outro (ou nós) o é, isso sim importa. E isto de ser feliz, não segue uma linha geral, ou do politicamente correcto. Posso tomar aos teus olhos uma decisão incorrecta, e ser feliz com a minha escolha, ainda que não se enquadre com os padrões que os outros estão inseridos.

    Gostei mesmo muito do post mana. :)

    Beijão enorme*

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  2. Tens toda a razão! Sabes, eu também dizia que nunca perdoaria uma traição, quem algum dia diz que perdoa?? Ate que um dia o meu ex namorado (o primeiro namorado a serio) me traiu, e eu perdoei o por mim, pela fantástica relacao que tínhamos.. Eu era tao feliz com ele que nao me imaginava sem ele, nao aceitava que um traição estragasse tudo o que nos um dia tínhamos vivido.. E ganhei coragem, enfrentei muitas pessoas, muitos olhares, muitos comentários mas enfrentei porque o amava muito! Mas apesar de tudo também nao sou parva nenhuma porque da segunda vez que me traiu aí sim teve o que merecia, perdoei uma vez a segunda acabou!! Tinha percebido que afinal perdoei e enfrentei muito para nada, para ele depois deitar tudo a perder.. E depois de terminarmos ele passado uns tempos começou a namorar e fez o nesmo a ex namorada, traiu a!! As pessoas gostam muito de atirar pedras porque estão do lado de ca, gostava de as ver na mesma situação a ver se nao faziam a mesma coisa ou ate figuras bem piores, por isso que nos nunca devemos julgar ninguem!! Em tudo existe dois lados e nos para tentar perceber atitudes das pessoas so temos que nos colocar em ambos os lados e vês que ai tudo é mais fácil de entender.. *

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  3. Cada vez mais me convenço que cada um sabe de si, e o que hoje dizemos que nunca faríamos,amanhã podemos pensar de outra forma. bj!

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  4. Concordo plenamente contigo.
    Cada um sabe de si!

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  5. Há situações e situações...ainda há pouco tempo falei sobre uma amiga que está completamente cega, não é feliz, não existe respeito entre ambos...e como é óbvio, não posso tomar decisões por ela, mas custa presenciar este tipo de coisas!

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