segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pequenas ou grandes diferenças?

A minha família sempre foi muito unida, não tenho irmãos mas adoro os meus primos e cresci com eles, todos na casa uns dos outros a dar com as nossas mães em doidas tamanha era a confusão.

Mas como tudo na vida, os anos passaram, as prioridades mudaram e seguimos todos caminhos diferentes, claro que continuo muito próxima de alguns deles mas, as coisas mudaram, a M. e a T. foram criadas comigo e a vida levou a que tivéssemos muito pouco em comum enquanto adultas. A M. tem 24 anos e está grávida do segundo filho, a T. com 26 espera agora o primeiro e eu com 25 não penso nisso para já, as vidas delas giram em torno dos filhos, marido, casa… no fundo gira em função do conceito família, as minhas maiores preocupações são profissionais, podia referir muitas outras coisas mas penso que este é o maior fosso entre nós, eu não entendo muito bem a vida delas e elas não entendem muito bem a minha.


Mas ontem estivemos juntas, como há muito não acontecia, muita conversa, palheta, disparates e por momentos foi como se os nossos diferentes pontos de vista não interessassem para nada, eu ouvi falar de aspiradores, batedeiras, idas ao penico e a misteriosa forma de cozinhar almôndegas e elas ouviram falar de tretas sobre o que faço, o que quero fazer, onde estou e para onde quero ir. Não fingi interesse porque estava realmente interessada e penso que posso dizer o mesmo do outro lado, se não fossemos família provavelmente não tínhamos nada para dizer umas as outras mas, eu gosto genuinamente delas, cresci com elas e tenho orgulho das vitórias delas mesmo que sejam muito diferentes das minhas.

Como a minha querida Olívia dizia no outro dia, isto é aprender a viver sem ser apenas a preto e branco, é descobrir que existe cinzento e que por vezes temos de nos encontrar naquela zona comum.

XOXO S.

4 comentários:

  1. Pois é, ter afinidade e cumplicidade com alguém não é sinónimo de vidas, ideias e objectivos iguais. Podemos ser boas amigas de alguém que pensa exactamente o oposto de nós. Pelo menos é o que eu penso e pratico.

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  2. É assim mesmo, apesar de todas as diferenças que possam existir há aquelas pessoas que nos são queridas para sempre porque partilham ou partilharam muito da nossa vida.
    Tenho duas grandes amigas assim, vivi a infância com elas, elas em minha casa e eu na delas, apesar de termos seguido caminhos diferentes, quando nos encontramos há aquele carinho! :)
    Bom feriado linda!
    Kiss***

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  3. É verdade :)Eu tenho 21 e tenho primas com idades proximas a minha e adoro-as. :)

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  4. Na verdade, ocorre-me aquele pensamento: "todos diferentes, todos iguais". É essa a realidade. Numa família, as pessoas podem ser diferentes, mas o que importa, é existir a tal cor cinzenta, como disseste e bem, a tal "zona comum". ;) :)

    Beijo grande mana*

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